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“Quem tem muito pouco, ou quase nada, merece que a escola lhe abra horizontes.” Emília Ferreiro
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
sábado, 25 de agosto de 2012
Educação Infantil: Linguagem Oral
Linguagem Oral
Atualmente está muito difundida a ideia de que a oralidade é um aspecto importante no desenvolvimento infantil, enfatizando a necessidade de planejar atividades e propostas que promovam a linguagem oral nas escolas de Ed. Infantil.
Porém, no contato cotidiano na rotina escolar, percebe-se que esse ponto, acaba sendo pouco trabalhado em sua especificidade, uma vez que nem sempre se tem clareza a respeito dos conteúdos a serem contemplados, dificultando dessa forma as possibilidades de aplicar uma aprendizagem significativa.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) , linguagem oral está presente no cotidiano e nas práticas escolares, durante a rotina escolar, expressando suas ideias, falando se comunicando entre si, e que diversas instituições concebem a linguagem de maneira equivocada de ensinar. Algumas pessoas acreditam que a aquisição da linguagem oral, se dá por processo natural, que evolui de acordo com a maturidade, em outras práticas acredita-se que a intervenção direta do adulto de forma acumulativa de orientações determina a aprendizagem da criança. Em algumas situações adultos imitam a fala da criança, acreditando que assim, estão se aproximando e ampliando o vocabulário da criança. “A construção da linguagem não é linear e ocorre em um processo de aproximações sucessivas com a fala do outro, seja ela do pai, da mãe, do professor, dos amigos ou aquelas ouvidas na televisão, no rádio etc.” BRASIL, 1998, p).
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto é, na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito.
O autor considera a linguagem como exercício social, uma vez que pressupõe a relação entre falantes, permitindo também relações interpsíquicas, que participam da construção de funções mentais superiores, tais como imaginação, memória entre outras.
O conceito de mediação está necessariamente associado à linguagem, que tem um papel fundamental no desenvolvimento psicológico; o processo, por sua vez, é sócio histórico. Mostrou-se, através de pesquisas experimentais, que a estrutura do pensamento depende de como se organizam as formas de atividades dominantes em culturas diferenciadas. Em outras palavras: a formação da consciência se vincula diretamente às práticas e às formas de cultura existentes, e é a linguagem verbal o sistema simbólico mais apropriado para estabelecer os processos complexos da mente e a autoconsciência.
O adulto, no processo de aprendizagem da criança, tem um papel fundamental: suas formas de linguagem e sua própria subjetividade são mediadores na formação da criança. (KOHL, 2002)
As crianças aprendem a partir das interações que estabelecem com o meio material e social. Seu desenvolvimento está intimamente relacionado às experiências que tem oportunidade de viver com o mundo físico e com as pessoas a sua volta. Como educadores temos de nos preocupar com o desenvolvimento integral das crianças, no entanto a escola deve criar oportunidades para que elas possam viver inúmeras experiências significativas por meio das quais tenham oportunidades de interagir utilizando diversas linguagens, sendo desafiadas a resolver problemas, convidadas e estimuladas a fazer descobertas sobre si, sobre o outro e sobre o mundo.
Segundo o RCNEI as instituições de educação infantil deverão organizar sua prática de forma a promover as seguintes capacidades nas crianças. Participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral.
O trabalho com a linguagem se constitui um dos eixos básicos na educação infantil, dada sua importância para formação do sujeito, para interação com as outras pessoas, nas orientações das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. (BRASIL,1998, p.117).
Nesse sentido, ao trabalhar a linguagem oral com as crianças, devemos ter sempre em foco o caráter relacional desse exercício, evitando propostas descontextualizadas ou que não tratam da língua em toda sua complexidade, como situações de conversas burocráticas artificiais, que acabam perdendo o sentido. Não é que a escola deve ensinar a falar, mas aproveitar dos conhecimentos prévios em relação a fala do aluno e promover meios que desenvolvam e ampliem suas capacidades comunicativas de forma a se expressar cada vez mais com precisão.
Autora: Gislene Borges
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